quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

O Marca-Páginas #1

Como era tradição no meu antigo blog literário, estou de volta com uma coluna mais ou menos fixa sobre minhas leituras e aquisições. Provavelmente ela não terá a magnitude que A Descoberta do Mundo tinha, mas espero que gostem mesmo assim. Preparados?

Algumas das leituras concluídas e em andamento.
Participação especial de Cedoc, a almofada que ganhei no fim de 2016.


Leituras concluídas:

A sociedade dos sonhadores involuntários, de José Eduardo Agualusa. São Paulo: Planeta, 2017.

Fui cativada pelo título, que remeteu ao meu filme favorito, assim que o retirei da pilha de livros para cadastrar no site da Estante Virtual. Decidi adotá-lo, porque senti aquela conexão com o livro que é impossível de explicar, então costumo dizer que é uma espécie de chamado, convidando à leitura. Já li alguns romances do autor, sendo que um deles eu resenhei n’A Imitação da Rosa, então sabia que seria interessante. O personagem, Daniel Benchimol, foi o que menos me cativou, pra ser sincera. Gostei demais do Hossi Apolónio Kaley e fiquei encantada pela Moira Fernandes. Gostaria de ser mais como ela. A leitura foi instigante, embora não tenha ido pelos caminhos que eu esperava.

Nossas noites, de Kent Haruf. São Paulo: Companhia das Letras, 2017 (Leitura no Kindle).

Esse livro apareceu pelo menos duas vezes no meu trabalho. Em ambas as vezes eu li a sinopse, me interessei pela história, cheguei a espiar as primeiras páginas, mas não adotei o livro. Recentemente, eu estava buscando algo para ver na Netflix e, por acaso, me deparo com o filme. Curiosa, decidi assistir e fiquei completamente encantada! Precisava ler o livro! Por sorte eu encontrei o ebook, peguei meu Kindle (que já estava sem bateria de tanto tempo que não mexia nele) e devorei em dois dias a história. Gostei mais do filme do que do livro, embora tenha adorado como os dois quase se complementam, mesmo com algumas diferenças de enredo. O livro aprofunda questões que o filme não traz, enquanto o filme propicia uma conexão com os personagens que o livro não conseguiu me proporcionar.

O livro dos cachos, de Sabrinah Giampá. São Paulo: Paralela, 2016.

Leitura rapidinha, didática, super gostosa e empoderadora. Conhecia a Sabrinah de nome, graças à Garagem dos Cachos, mas ainda não tive a oportunidade de conhecer o trabalho dela como cabeleireira. Gostei bastante da forma como ela escreve e de saber mais sobre a experiência dela sendo cacheada.


Leituras em andamento:

A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade, de Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982.

Há meses estou com essa leitura em andamento, mas não me sinto (tão) mal por ainda não ter terminado. Cada carta do senhor Mário de Andrade é rica em conteúdo, logo, não dá pra ler um exemplar desses em uma sentada. Gostaria de ter as cartas do Carlos Drummond de Andrade, se elas ainda existissem, para acompanhar o diálogo. Estou com vontade de começar a colecionar outros livros com a correspondência do Mário de Andrade. É delicioso lê-lo!

Cartas a Théo, de Vincent Van Gogh. Porto Alegre: L&PM, 2007.

Quis esse livro graças ao filme Com amor, Van Gogh, que é baseado em algumas das cartas que o pintor trocou com o irmão, Théo, ao longo da vida. Meu namorado tem um exemplar, mas eu encasquetei que queria um pra chamar de meu. Descobri que ele está esgotado. Encontrei um, mais ou menos do jeito que eu queria, na Estante Virtual. A leitura é mais seca, se eu for comparar com as cartas do Mário de Andrade, e o Van Gogh cita muitos artistas, o que desnorteia uma não iniciada como eu, mas está interessante. Sei que será outro livro para ler aos poucos.

Aquisições do mês de janeiro (e começo de fevereiro).

Novidades no acervo:

Drummond frente e verso: fotobiografia de Carlos Drummond de Andrade, de Salvador Monteiro e Leonel Kaz (ed.). Rio de Janeiro: Alumbramento, 1989.

Sabe aqueles livros que te cativam? Esse foi um deles. Minha tarefa era cadastrá-lo na Estante Virtual, mas quanto mais eu manuseava o livro para descrevê-lo, mais encantada eu ficava pelo conteúdo. Essa edição vem com uma caixa protetora de quatro abas e um compacto com alguns poemas lidos pelo Carlos Drummond de Andrade. Além disso, ela saiu no ano em que nasci. Como resistir? Cadastrei o exemplar e, com o coração na mão, decidi fazer um teste com o tempo. Se o livro não fosse vendido dentro de determinado período, ficaria com ele. Adotei-o logo após uma cliente quase levá-lo embora. Fiquei com ciúmes do livro!

Serviço de referência: do presencial ao virtual, de Jean-Philippe Accart. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2012.

Desejava esse livro desde o segundo ano da faculdade. Exemplar esgotado na editora e nas livrarias, eu sabia que só conseguiria encontrá-lo em sebos. Eis que, num dia qualquer em que eu estava vasculhando a Estante Virtual, me deparo com esse exemplar a bom preço, sendo vendido como novo. Compro, aguardo e não é que veio novinho mesmo? Lacrado e tudo? Mais uma aquisição para meu pequeno acervo de livros de Biblioteconomia.

Contos de Machado de Assis, volume 4: dissimulação e vaidade, de João Cezar de Castro Rocha (org.). Rio de Janeiro: Record, 2008.

Presente fofo que ganhei dos meus familiares ao voltarem de uma temporada na praia. Fiquei com vontade de ter os demais livros da coleção.

O livro dos cachos, de Sabrinah Giampá. São Paulo: Paralela, 2016.

Mais um daqueles livros que aparecem no trabalho, me encanta e, por mais que tente resistir, acabo adotando. O exemplar estava novinho, o conteúdo pareceu super didático e nunca tive um livro sobre cabelos cacheados na minha coleção. Agora tenho!
  

Agradeço imensamente ao Rafael, meu namorado, pelo nome genial para a coluna. Obrigada por me emprestar sua criatividade, amor!


Um comentário:

  1. Senti falta de ler sobre o que vc esta(va) lendo. Era uma das minhas colunas favoritas no antigo blog. ^^

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